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 Diário de Morrisane

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Morty Magnum
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MensagemAssunto: Diário de Morrisane   Diário de Morrisane Icon_minitimeSeg 13 Fev 2012, 7:18 pm

– Eu estava à procura de Icarus Morrisane, um guarda do castelo de Prontera que sumiu depois de nossa última aventura. Charles Orleans me deu a permissão (depois de implorar) para ir até o quarto dele investigar. Ele disse que eu não era a pessoa certa a fazer isso, não sei por quê, mas no final ele acabou deixando eu ir até o quarto. Lá no quarto eu achei esse diário aqui, escrito pelo próprio Morrisane! Eu não sabia que ele era afeminado ao ponto de escrever um diário, mas tudo bem. Brincadeiras à parte, eu achei que o diário pudesse ter alguma informação importante sobre onde ele foi parar. Também achei importante compartilhar ele com os membros da Fundação Esmero e dos Guardiões de Seya... Guardiões de F... Ah! Não importa, é aquele clã que o Morrisane fazia parte. Espero que deem uma lida.

Morty Magnum
______________________________________________________________________________________
Diário de Icarus Morrisane


Querido diário,

Hmm... será que eu começo assim? "Querido diário" parece meio coisa de garota. Charles disse que diários SÃO coisas de garotas, mas ele mesmo tem um que eu já vi! Bem, eu acho que eu posso começar o diário como eu quiser: "Querido Diário", "Caro Diário", tanto faz, ninguém vai ler isso aqui mesmo, só eu.

Eu achei que escrever um diário ia ser legal pra registrar todas as minhas grandes aventuras no meu honrado trabalho de Guarda do Castelo. De vez em quando acontece cada coisa que você nem espera, ou são bêbados querendo entrar no castelo, ou pessoas mal-vestidas, ou principalmente Magos. Eu já disse que enquanto eu estiver guardando o castelo, mago nenhum vai entrar lá. O príncipe Poe já me chamou a atenção algumas vezes quanto a isso, mas a mente inferior dele não permite que ele veja o perigo e perversão de deixar magos entrarem no castelo!

Hoje foi o meu pior dia de trabalho. O outro guarda do castelo faltou o trabalho! Logo hoje que eu tinha terminado de fazer nosso "Super Jogo de Cartas". Tive que ficar parado, dessa vez não tinha ninguém pra ficar no meu lugar ou pelo menos jogar cartas comigo. Fui pedir ao Primeiro-Ministro que demitisse o safado do outro guarda, mas ele disse algo sobre uma coisa chamada "folga". Por que eu nunca tive "folga"? O Primeiro-Ministro disse que eu não merecia, mas não é verdade! Eu quero folga!

Mas enfim, ontem eu estava SOZINHO no serviço, me senti muito mais responsável agora. Só que uma mulher chegou pra mim, teve a coragem de me acordar e perguntou:

– Guarda... Ei! Guarda! Seu guarda!

Aí eu respondi:

– Vai embora, cuida da sua vida e eu cuido da minha!

Tá bom... não foi bem assim. Acho que eu tenho que falar a verdade pelo menos pro meu diário. Foi assim:

– Ah! O quê?! – Eu acordei

– O meu filho sumiu. Ele tem cabelos pretos, mais ou menos dessa altura. [A mulher me fez um sinal com a mão mas eu não prestei muita atenção na altura]

– Senhora... Eu sou pago pra ficar aqui. Sabe, eu sou como um enfeite. Entendeu? Um enfeite, pra deixar o castelo mais bonito. Vá pedir ao guarda do meu lado...

Foi quando eu lembrei que o outro guarda estava de folga:

– Não pode procurar por ele. Pela cidade? – Ela perguntou.

– Sinto muito, mas...

Quando fui dizer que não, notei que o chefe da guarda estava me observando:

– Tudo bem senhora, vou olhar pela cidade.

Olhei pela cidade inteira, desde a feirinha até os quartos do hotel. Acho que eu devia comprar botas acolchoadas para evitar que eu acorde algumas pessoas da próxima vez... e acabe levando uma flechada no joelho de uma delas. Voltei à ponte do castelo, meu local de trabalho. Disse à mulher que o filho dela tinha sumido mesmo.

Esperei... esperei... esperei... e uma eternidade depois chegou a hora favorita do dia. O intervalo! Entrei no castelo, fui até a cozinha, tomei meu assento à mesa e comecei a tomar meu chá de uva com ervas que Charles tinha deixado preparado para mim. Mas enquanto eu tomava, ouvi um barulho vindo do porão, me assustei e uma das uvas que enfeitava o chá caiu da xícara, rolando pelo chão, descendo escadas e parando frente à porta do porão.

O Porão. O lugar mais aterrorizador de todo o castelo. Charles sempre me disse para nunca chegar perto do porão, disse que era assombrado, isso só piorava as coisas. Eu já tinha medo de... não, melhor eu não escrever isso... Ah! Deixa pra lá, afinal, ninguém vai ler isso mesmo. Eu já tinha medo de escuro e ainda com essas histórias de fantasmas... Não que eu tenha fobia de fantasmas como o Morty Magnum, sabe? Mas essas histórias de terror causam medo a qualquer um. Charles disse que o único que podia descer lá era ele.

Eu não tinha alternativa. Se Charles Orleans visse aquela uva ali em baixo da escadaria ele provavelmente me mataria. Ele é obcecado por limpeza! Eu tinha que descer... Fiquei pensando de que jeito eu preferia morrer... por um rolo de massa de Charles Orleans, ou por golpes fantasmas.


Última edição por Morty Magnum em Seg 13 Fev 2012, 7:45 pm, editado 1 vez(es)
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Ricky007
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MensagemAssunto: Re: Diário de Morrisane   Diário de Morrisane Icon_minitimeSeg 13 Fev 2012, 7:30 pm

Legal ! o/

Vai rolar um RP baseado na fic?

e vc voltou a jogar?
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MensagemAssunto: Re: Diário de Morrisane   Diário de Morrisane Icon_minitimeSeg 13 Fev 2012, 7:51 pm

Voltei a jogar (mais durante os fins de semana). Sim, vai ter uma RP de procura a Icarus Morrisane depois do Carnaval, fique ligado.
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MensagemAssunto: Re: Diário de Morrisane   Diário de Morrisane Icon_minitimeQua 15 Fev 2012, 7:46 pm

– Desculpe pela demora, o diário não está inteiro, parece que algumas folhas estavam arrancadas e espalhadas pelo quarto... ah e... quanto àquilo que o Morrisane escreveu sobre fobia de fantasmas, eu... eu não... é... Quer saber? Deixa pra lá. O que importa é que acho que consegui colocar as folhas espalhadas na ordem certa, ou pelo menos a que fazia mais sentido. Aqui está.
___________________________________________________________________________
Segundo Fragmento do Diário de Icarus Morrisane

Eu dei passos sorrateiramente, de um lado que eu pudesse ver a uva. Estava lá, debaixo da escadaria, em frente à porta velha e degradada do porão, que estava fechada. A penumbra do lugar me fez tremer, claro, faria qualquer um tremer. Eu achei melhor ir ao meu quarto me preparar antes de descer, vai saber o que eu podia encontrar debaixo na frente daquela porta!

Subi ao meu quarto e vesti minha armadura mais pesada, com o capacete mais resistente. Um dia eu ouvi que banana tem potássio, e potássio aumenta a resistência contra câimbras, então comi algumas bananas caso eu encontrasse alguma câimbra lá em baixo.

Voltei à cozinha. Olhei para a escadaria e para a porta. Parecia que monstros teriam arranhado aquela porta a ponto de ela poder ser derrubada com qualquer soco, mesmo quão fraco fosse. Me preparei para descer e esperar o que o futuro me traria... Morte, ou vitória?

...

Sabe, eu acho essa coisa de narração em primeira pessoa a coisa mais chata que já vi, não tem emoção, você sabe que se a pessoa escreveu isso num diário, é porque ela sobreviveu. Mas o que achou da minha prática de escrita, diário? Acho que eu devia fazer isso mais vezes, acho que sou bom nessa coisa de escrever. Mas enfim, querido diário, acho que você iria gostar de saber o que aconteceu não é?

Pois bem, não é muito comum se ver um guarda de castelo andar de armadura de guerra por aí e entrar na cozinha né, então evitei prestar atenção nos comentários que as pessoas faziam. Na verdade, eu acho que o Primeiro-Ministro falar alguma coisa, mas como eu disse, não prestei atenção. Agora estou com medo de perder o emprego... Mas o diário não quer saber disso, quer?

Fiquei olhando para a porta abaixo da escadaria por um tempo. Aí eu decidi descer. Degrau por degrau. Não que eu estivesse com medo sabe? Degraus velhos podem quebrar com movimentos bruscos! Chegando ao último degrau, abaixei para pegar a uva. Foi quando eu ouvi um sussurro vindo de trás da porta:

– Chegue mais perto... – Disse o sussurro com voz seca e assustadora – Me tire daqui...

Ao ouvir isso eu saí correndo. Sabe-se lá que perigos podia estar atrás daquela porta?! O que importa é que eu peguei a uva. Pouco tempo depois de eu terminar de subir a escadaria, Charles Orleans entrou na cozinha e me viu pálido e ofegante. Ele manteve uma expressão séria, fez um "Hum" de boca fechada, e voltou aos afazeres dele. Suspirei aliviado, pensei que ele ia me perguntar sobre a armadura, ou sobre meu estado e a uva em minha mão.

Voltei ao meu quarto, tirei a armadura, sente na cama e pensei:

"Aquele sussurro... aquela criança perdida... Não! Não pode ser que Charles Orleans é um... err... esquece. Eu tenho que voltar lá e ver do que se trata, se for algum monstro, eu corro, se for a criança eu viro o herói da história."


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MensagemAssunto: Re: Diário de Morrisane   Diário de Morrisane Icon_minitimeQui 23 Fev 2012, 6:25 pm

Terceiro Fragmento do Diário de Icarus Morrisane

Charles Orleans, um criminoso? Escondendo crianças no porão? Isso não entrava na minha cabeça. Ele sempre foi meu amigo, sempre confiei nele, se descobrirem o que ele estava fazendo... ele ia ser preso, ou até condenado à morte. Eu tinha que ir até àquele porão e descobrir a verdade. E eu esperava que a verdade não fosse a que eu pensava.

Tentei dormir mas não consegui, minha cabeça estava cheia. Desisti de dormir pela madrugada. Era hora de colocar um fim nisso. Coloquei minha armadura.

...

O que eu fiz mesmo depois? Eu lembro que fiz alguma coisa depois de colocar a armadura... só não lembro-- ah sim! Fui à cozinha pegar algumas comidas e levar ao meu quarto pra guardar elas, caso o Charles fosse demitido... ou morto. E por minha causa.

Depois do roubo, roubo não, parece que eu sou ladrão. Depois do furto, eu finalmente peguei a minha espada Noveau Morrisane e meu escudo azul, brilhante e refletor no meu quarto. Desci as escadas do castelo até a cozinha. Ao entrar na cozinha, percebi que Charles Orleans estava lá dentro, ele parecia estar ansiosamente olhando a dispensa, procurando por alguma coisa. Falava consigo mesmo: "Eu juro que deixei aqui... onde estão meus manjares divinos?". Eu tinha que passar por ele sem ser notado.

Já vi muitas peças de mercenários e gatunos que se escondem sem problemas, então utilizei minhas habilidades de furtividade adquiridas vendo essas peças. Abaixei meu tronco e andei na ponta dos pés. Minha performance estava impecável, eu juro, porém o barulho da armadura despertou a atenção de Charles Orleans que olhou para trás e me viu abaixado na ponta dos pés:

– Que diabos você está fazendo esgueirando por minha cozinha desse jeito e com essa armadura?! – Ele disse – Já é a segunda vez que vejo você aqui com essa coisa.

Tentei parecer o mais sincero o possível:

– Eu estou fazendo meu treinamento com armadura pesada. Então tenho que andar com ela o tempo todo.

– E pra quê se esgueirar por aí? – Ele me confrontou

Eu gelei quando ele perguntou isso, mas minha mente veloz deu uma resposta rápida e plausível:

– Treinamento de... ataque surpresa! É muito importante pegar os oponentes... desprevenidos sabe? Quando ninguém espera você chegando... dá um golpe e -uou-! Se não morrerem pelo escudo, escudo não, pelo susto, morrem pela espada.

– Você sabe como eu "mórro" de medo de levar um susto e você ainda chega assim? Assim você me mata!

Tentei escrever o sotaque dele nessa parte do "mórro", acho que ficou legal. Enfim, eu tinha que inventar alguma coisa para tirá-lo da cozinha:

– Charles, o primeiro-ministro está te chamando. Disse que é importante.

– Eu sei que é importante, mas não posso ir sem levar o banquete que eu deixei aqui na dispensa! – Ele respondeu

Sério, eu não acreditei que a minha mentira tinha se tornado verdade. Como diz o Morty: "Uma mentira dita uma vez, se torna verdade". Eu sempre disse a ele que o ditado não era bem assim, mas eu percebi que ele estava certo. Do mesmo jeito, foi nessa hora que eu notei que fui eu que peguei a comida da dispensa. Então, tive que mentir mais um pouco, para o bem de todos:

– Ah sim! Eu vi os ladrões saindo da cozinha. Corri atrás deles e os alcancei. Tiveram tanto medo dessa minha armadura que devolveram a comida e foram embora.

– Você alcançou eles de armadura pesada? Bem, de qualquer forma, o que você fez com meus manjares? – Ele respondeu

– Estão no meu quarto, vá lá pegar e corra, o primeiro-ministro te espera. Rápido!

– Tudo bem! Estou indo! Ah, e veja se não suja minha cozinha, hein.

Diário, pode admitir, eu sou bom nessa coisa de falar. Acho que eu devia virar político, porque não é possível, não sabia que mentia tão bem. Nada contra os políticos, certo? Charles saiu correndo, daquele jeito que ele sempre corre, segurando a roupa como se usasse saia.

Era minha hora de agir, a desci as escadas, era como se o ar tivesse se esfriado, mas devia ser a tensão do momento. Coloquei minha mão na maçaneta da porta de tábuas mal-pregadas. Antes que abrisse eu ouvi algo vindo de dentro, de novo, em voz assustadora:

– Me tire daqui. Me tire daqui!

Fechei os olhos e suspirei para tentar acalmar. Eu estava armado e bem defendido, não tinha o que ter medo. Girei a maçaneta, a porta estava trancada.
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MensagemAssunto: Re: Diário de Morrisane   Diário de Morrisane Icon_minitimeQui 01 Mar 2012, 2:31 pm

Quarto Fragmento do Diário de Icarus Morrisane

Girei pela segunda vez e empurrei a porta com força. Não abriu. Pensei em arrombar, mas isso causaria muito barulho e Charles podia voltar à cozinha para ver o que tinha acontecido. Antes que eu pudesse entrar em desespero, a voz falou de novo:

– A chave... A chave...

Eu ainda estava com um pouco de medo, digo, receio do que estava acontecendo:

– Onde eu posso achar a chave? – Perguntei

A voz não respondeu mais nada. Era minha hora de agir, tinha que achar a chave e rápido. Foi quando eu me lembrei que enquanto estava furtando as comidas de Charles, alguma coisa do alto da dispensa caiu em cima da massa crua de um bolo que Charles ainda estava preparando, eu tinha olhado para a massa, mas a coisa já tinha mergulhado, então deixei pra lá.

Subi as escadas rápido para pegar a massa. Eu olhei para o balcão de cozinha e lá estava: dessa vez preparado, e com... glacê. Charles nunca fez bolos com glacê pra mim. Corri para o balcão, mas quando fui pegar o bolo, ouvi Charles Orleans se dirigindo à cozinha e falando em voz alta para o Primeiro-Ministro:

– A sobremesa já está pronta! O senhor vai ficar ad-mi-ra-do!

Ele entrou na cozinha. E ao me ver em frente o bolo, disse:

– O que você pensa que está fazendo? Nem pense em encostar nesse bolo. Xô! Xô! – Ele disse fazendo gestos com a mão para que eu me afastasse

Charles me deu um empurrão para o lado e pegou o bolo (com glacê) e saiu da cozinha em direção à sala de jantar onde o primeiro-ministro estava.

O diário deve estar pensando: "acabou pra você, Morrisane. Se ferrou!"
Eu não cheguei tão longe para deixar a chave ser levada dentro de um bolo! Ah, e eu já disse que o bolo tinha glacê? Enfim, eu fui até a sala de jantar. Nunca me deixaram jantar lá. Não sei por que, tantos lugares, uma mesa gigante e só o primeiro-ministro e os oficiais sentam lá? Ainda sobra um monte de lugares! Charles e o primeiro-ministro olharam para mim. Por um momento eu parei e pensei: "O que eu vou fazer?"

Joguei o bolo do primeiro-ministro no chão e comecei a procurar pela chave. Não, na verdade eu imobilizei Charles e acusei ele de criminoso. Ah, não, nem isso. Todas essas atitudes não iam trazer consequências boas pra mim. Foi por isso que eu pensei em uma melhor:

– Primeiro-Ministro... – Dei um passo à frente e disse em voz chorosa – Vim lhe trazer uma notícia.

O primeiro-ministro olhou pra mim com uma cara de nojo:

– Diga, então, o que aconteceu?

– É com um pesar no coração que eu digo que... sua filha morreu...

– Mas eu não tenho--

– Filho! Perdão, seu filho morreu. – Cortei a fala dele

O silêncio tomou conta da sala de jantar. Charles de olhos arregalados e o primeiro-ministro parecendo que não acreditava na notícia. Mas eu torcia pra que ele acreditasse:

– Como soube dessa notícia? – Perguntou a autoridade

– Hã... ele foi atacado por ladrões ao sul de Prontera. Eu vi o corpo lá e vim avisar.

– Mas você estava na cozinha agora-- – Charles ia dizendo

– Digo, eu não... eu não vi, um outro guarda viu e veio me avisar.

– Mas o meu filho não mora em Prontera. – O ministro insistia em me opor

Eu estava quase chorando de vergonha. Jamais ia ser aceito novamente se pegassem minha mentira. Mas se Charles fosse mesmo criminoso e estivesse mentindo todo esse tempo, eles iriam perdoar minhas mentiras e iam entender:

– Esse é... o mais triste senhor. Mais triste sem dúvida. Ele estava vindo fazer uma visita ao senhor e a... *snif* tragédia... aconteceu.

– A essa hora da noite ele ia vir me fazer uma visita? – Revidou

"Ora seu... não consegue aceitar a notícia de uma vez, caramba?!" Eu pensei, mas respondi:

– Por isso era uma... hã... grande surpresa. Você jamais esperaria não é?

O Primeiro-Ministro começou a chorar alto e Charles me olhava com uma cara de: "Qual é essa que o Icarus está aprontando dessa vez?". Então eu continuei:

– Os guardas querem que vossa excelência vá lá... hã... reconhecer o corpo, entende?

– Icarus!Que diabos está acontecendo-- – Charles dizia

– E vossa excelência, acho que deves levar o Charles junto, ele também precisa estar de luto. Eu vou ficar aqui guardando o castelo e o vosso retorno.

– Boa ideia, soldado. Vamos Charles!

Charles saiu do castelo com ele. Quem era o cozinheiro para negar ordens de uma autoridade? Quando eles saíram, comecei a comer o bolo de glacê como se nunca tivesse comido um antes... se bem que eu nunca comi um antes. Perto do final do bolo, eu mordi uma coisa dura e de metal. Tirei aquilo da minha boca. Eu fervi de raiva e medo quando vi que era uma colher de chá que tinha caído dentro da massa.
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MensagemAssunto: Re: Diário de Morrisane   Diário de Morrisane Icon_minitimeDom 06 maio 2012, 4:06 pm

Último fragmento do diário de Icarus Morrisane


Querido diário, a minha situação não estava boa. Talvez se você dissesse agora que eu me ferrei bonito, quem sabe acertasse dessa vez. Charles e o Primeiro-Ministro saíram para ver o filho "morto" dele. Eu comi o bolo inteiro da autoridade e no final, o que eu ganho é uma colher de chá encontrada dentro da massa do bolo.

Mas eu sou Icarus Morrisane! Sou pronteriano e não desisto nunca. Não joguei toda a minha carreira no lixo para isso acabar assim! Charles Orleans estava fora do castelo, pelo menos agora eu podia tentar arrombar a porta sem chamar atenção. Lambi os dedos e fui correndo para a cozinha. Olhei para a escadaria e a porta velha do porão. Tirei o escudo que estava preso em minhas costas e coloquei ele no braço.

Era hora de acabar com isso de uma vez por todas, tanto suspense estava me matando. Nossa, eu sempre quis arrombar uma porta! Desci primeiro as escadas e disse:

– Afaste-se! Vou arrombar a porta! – Disse subindo novamente

Dobrei o braço com o escudo à frente do corpo e desci correndo as escadas até bater com o escudo na porta. A porta devia ser feita de tábuas muito resistentes, porque eu não consegui abrí-la ou quebrá-la, caí sentado no chão pelo impacto. E olha que eu sou forte, hein.

Logo que caí no chão pelo meu impacto supremo na porta, ouvi um barulho de tranca vindo do outro lado e ela se abriu devagar. Me levantei, bati na armadura para tirar a sujeira do chão empoeirado que caí e abri o resto da porta que estava entreaberta. Tinha uma fraca vela acesa em cima de uma mesa caindo aos pedaços. Entrei na sala, ainda segurando a porta e gritei:

– Tem alguém aí?

Ninguém respondeu. Será que eu assustei a pobre criança? Soltei a porta pra ir olhar mais pra dentro. Quando fiz isso, a porta se fechou atrás de mim e ouvi um barulho de tranca do outro lado. Olhei pra trás. É, tudo bem, ninguém é de ferro, certo? Senti muito medo. E não venha me chamar de mulherzinha depois! Não é todo dia que portas se fecham e trancam sozinhas atrás de mim, ok?

...

O diário não é uma pessoa pra te chamar de alguma coisa, Icarus. Acalme-se, acalme-se. Eu acho que estou ficando louco, esse negócio de diário é uma bruxaria, do meio do nada eu me pego falando com o próprio diário como se ele fosse uma pessoa. Espera um segundo... eu estou me explicando como se estivesse falando com uma pessoa de novo... e ainda mandei esperar um segundo... Argh! Não importa! Vou continuar contando o que aconteceu.

Continuei andando devagar. Eu só esperava que a vela não se apagasse e eu ficasse no escuro. A sala pequena tinha um ar pesado, parecia que tinha muita poeira. Meu nariz escorre só de pensar no tanto de poeira daquele lugar. Percebi que tinha uma escada de madeira em um buraco na sala, que levava até o subsolo. Cheguei mais perto do buraco, o subsolo estava iluminado também. Trepei na escada e comecei a descer, só que por um descuido meu a escada acabou tombando para trás junto comigo, quebrando-a e me derrubando no chão. Graças à armadura eu não me machuquei e me levantei rápido.

Fiquei em guarda para caso algum monstro aparecesse, escondi meu rosto por trás do escudo. Aí eu ouvi uma voz fina:

– Não se preocupe senhor, estamos fazendo todo o trabalho como mandou.

Foi quando outra voz infantil confirmou:

– Sim, uma nova remessa estará pronta ainda nessa tardinha.

Levantei lentamente o meu rosto por cima do escudo para enxergar quem estava falando isso. Crianças, várias delas, sujas, com roupas que pareciam mais panos de chão. Era uma sala grande. Pedras e minério espalhados pelo chão. Um grande caldeirão, mesas de trabalho e o que mais chamou a minha atenção: instrumentos de tortura. Eu pensei duas coisas naquele momento: Que diabos era aquele lugar e por que diabos mesmo eu estava me metendo ali? Ah sim, eu fui lá procurar o moleque que sumiu. Hmm... acho que na verdade eu entrei mais lá por curiosidade do que para salvar alguém, mas enfim... eu estava lá, aquelas crianças pensavam que eu era um "senhor" e eu não fazia ideia do que fazer.

Guardei a espada e o escudo, acho que aquelas crianças não podiam me fazer nada de mal. Fiquei alguns segundos encarando os meninos e meninas, e dei um suspiro de alívio por não ser assombração alguma. Mas eu tinha que fazer alguma coisa quanto a elas, comecei:

– E aí criançada? Qual é a brincadeira que vocês 'tão jogando aqui?

Dezenas de crianças me encarando em silêncio após essa pergunta que me arrependi profundamente de ter feito logo depois. Após algum tempo, um menino respondeu:

– Ei! Você não é aquele homem feio e mau!

– É – Cocei a nuca e falei em tom amigável – Acho que não sou.

– Então o que está fazendo aqui? – Falou uma menina

– 'Pera aí você veio nos salvar! Não é?

Parei por um momento. Eu... eu tinha conseguido... estava há um passo de ser o herói! Era só saber o que fazer:

– Salvar do quê? – Perguntei
________________________________________________________________________________

– O resto da página parece rasgado. E com certeza não foi Icarus que rasgou, pois próximo a essa folha, estava grudado outro papel, com caligrafia completamente diferente, que com certeza não era de Morrisane. Leiam.
________________________________________________________________________________

– Salvar dos ataques de unicórnios que estão vindo pelos arco-íris da cornolândia!

Nesse momento, eu sabia que era esse o meu destino. Eu seria o salvador do mundo! Lutaria contra unicórnios! Salvaria todas as crianças, ensinaria a elas serem boazinhas, para que recebessem presentes do papai noel no fim do ano!

......

E do coelho da Páscoa, claro! Quase me esqueci dele! Vou partir pelo mundo espalhando a alegria e vendo as histórias engraçadas dos gnomos. E dos duendes! Eu vi duendes... semana passada. Por favor, quem estiver lendo meu diário, não vá em minha busca! Estou perfeitamente bem com meu novo estilo de vida, não me atrapalhem a espalhar o néctar de Odin por Rune-Midgard! Viverei nas florestas com os elfos e me divertirei o dia todo!

Adeus, pessoal! Que Odin esteja com todos nós!
Smile
_________________________________________________________________________________

– Alguém ainda tem alguma dúvida que não foi Icarus Morrisane quem escreveu isso? Tudo bem que ele é meio... viajado, mas... que droga foi essa que escreveram? E ainda nem se preocuparam em fazer uma caligrafia parecida! Eu não sei o que está acontecendo, mas gostaria de saber.
Morrisane deve ter escrito algo que as pessoas não podiam saber... e escreveram essa porcaria logo depois provavelmente para dizer que ele é louco e tudo o que ele escreveu não existe. Mas... espere um momento...
Seria Charles Orleans realmente um criminoso que escraviza crianças? Se não for ele, quem é?
Meu tempo aqui no quarto de Icarus acabou, Charles está vindo para cá, vou guardar todos esse papéis comigo, posso usá-los em breve.

Estou convocando todos os membros de confiança, dos Guardiões de--, enfim, dos Guardiões e da Esmero para uma busca do paradeiro de Icarus Morrisane. Podemos começar a busca de informações no quarto dele, isto é, se Charles deixar a gente entrar. Alguma coisa está errada nesse castelo, e precisamos saber do que se trata!

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MensagemAssunto: Re: Diário de Morrisane   Diário de Morrisane Icon_minitimeDom 06 maio 2012, 4:09 pm

[A continuação da aventura será o relatório das próximas RPs baseadas na busca de Morrisane, divulgação o mais breve possível, fiquem ligados!]
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MensagemAssunto: Re: Diário de Morrisane   Diário de Morrisane Icon_minitimeSeg 07 maio 2012, 10:24 pm

[to dentro seu malucão @_@]
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MensagemAssunto: Re: Diário de Morrisane   Diário de Morrisane Icon_minitimeTer 08 maio 2012, 3:27 pm

[ Faz logo essa bagaça. xD]
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MensagemAssunto: Re: Diário de Morrisane   Diário de Morrisane Icon_minitime

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